quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Evangelho de Maria Madalena



O apego à matéria gera uma paixão contra a natureza. É então que nasce a perturbação em todo o corpo; é por isso que eu vos digo: Estejais em harmonia... Se sois desregrados, inspirai-vos em representações de vossa verdadeira natureza. Que aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça.Após ter dito aquilo, o Bem-aventurado saudou-os a todos dizendo:Paz a vós – que minha Paz seja gerada e se complete em vós! Velai para que ninguém vos engane dizendo: Ei-lo aqui. Ei-lo lá. Porque é em vosso interior que está o Filho do Homem; ide a Ele: aquele que o procuram o encontram. Em marcha! Anunciai o Evangelho do Reino._____________
Em 1945, em Nag Hamadi, no alto Egito, foram encontrados, em língua copta, os evangelhos de Tomé e de Maria Madalena. De Maria Madalena, infelizmente, o texto está fragmentado. A presença de tantos textos fragmentados pode ser atribuída, além de outros fatores, aos decretos e recomendações papais solicitando o não uso desses textos pelos cristãos. É conhecido o decreto Gelasiano (referente ao Papa Gelásio - falecido em 496), contendo uma lista de 60 livros apócrifos do Segundo Testamento, os quais os cristãos deveriam evitar. E muitos livros apócrifos foram para a fogueira. Daí a importância de se encontrar um livro como o de Maria Madalena, guardado e conservado por tantos anos.
As mulheres são importantíssimas no início do cristianismo. Entre elas, destacam-se Maria Madalena, Maria, Mãe de Jesus, Tecla, Verônica. Nos evangelhos apócrifos sobre Maria, Mãe de Jesus, nós encontramos uma mulher diferente da que aparece nos evangelhos canônicos. Se em Atos dos Apóstolos ela é aquela mulher subserviente, que está junto aos apóstolos, mas que não tem liderança, nos apócrifos ela é uma mulher que discute de igual para igual com os apóstolos e que tem liderança entre eles. Tecla, da mesma forma, era a companheira de Paulo na evangelização. Ela batizava. Mas logo no início do Cristianismo a voz de Tecla foi silenciada. Tertuliano, que lutou contra o movimento de mulheres cristãs, no ano 200 E.C., escreveu o seguinte: "... Que elas se calem e que questionem, em casa, os seus maridos".
Quem é essa mulher? A interpretação "errônea" de outros textos dos evangelhos chegou a identificá-la com Maria irmã de Marta, com a mulher que ungiu Jesus e, o que é pior, com a prostituta, interpretação que ficou mais no inconsciente coletivo. Quem não "aprendeu" que Maria Madalena era prostituta? E como seria bom "desaprender" isso. Tente! E você verá como é bonito descobrir o novo. É isso que está acontecendo com as comunidades e pessoas que já estudaram o Evangelho de Maria Madalena. Elas estão descobrindo a Maria Madalena mulher, discípula de Jesus, líder entre os primeiros cristãos. E porque não "apóstola" e mulher que Jesus tanto amou? É verdade que muitos também se escandalizam com testemunho dado pelo Evangelho de Filipe o sobre o relacionamento entre Jesus e Maria Madalena: "A companheira de Cristo é Maria Madalena. O Senhor amava Maria mais do que todos os discípulos e a beijava freqüentemente na boca. Os discípulos viram-no amando Maria e lhe disseram: Por que a amas mais que a todos nós? O Salvador respondeu dizendo: Como é possível que eu não vos ame tanto quanto a ela? (Filipe 63, 34-64,5). E em outra parte diz: "Eram três que acompanhavam o Senhor: sua mãe Maria, a irmã dela, e Madalena, que é chamada de sua companheira. Com efeito, era 'Maria' sua irmã, sua mãe e a sua esposa" (Filipe 32).
Creio que podemos compreender isso olhando a cultura e a vida de tantos outros místicos. Francisco e Clara de Assis viveram essa mesma experiência sublime de amor.

Fonte: Entrevista com o Frei Jacir de Freitas Faria sobre os apócrifos

Introdução ao Evangelho de Maria Madalena


INTRODUÇÃO DO EVANGELHO DE MARIA MADALENA

O Salvador disse: "Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão unidas, elas dependem umas das outras, e se separarão novamente em sua própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça."
Pedro lhe disse: "Já que nos explicaste tudo, dize-nos isso também: o que é o pecado do mundo?"
Jesus disse: "Não há pecado; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado 'pecado'. Por isso Deus Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem."
Em seguida disse: "Por isso adoeceis e morreis [...]. Aquele que compreende minhas palavras, que as coloque-as em prática. A matéria produziu uma paixão sem igual, que se originou de algo contrário à Natureza Divina. A partir daí, todo o corpo se desequilibra. Essa é a razão por que vos digo: tende coragem, e se estiverdes desanimados, procurais força das diferentes manifestações da natureza. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça."
Quando o Filho de Deus assim falou, saudou a todos dizendo: "A Paz esteja convosco. Recebei minha paz. Tomai cuidado para ninguém vos afaste do caminho, dizendo: 'Por aqui' ou 'Por lá', Pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas." Após dizer tudo isto partiu.
Mas eles estavam profundamente tristes. E falavam: "Como vamos pregar aos gentios o Evangelho ao Reino do Filho do Homem? Se eles não o procuraram, vão poupar a nós?" Maria Madalena se levantou, cumprimentou a todos e disse a seus irmãos: "Não vos lamentais nem sofrais, nem hesiteis, pois sua graça estará inteiramente convosco e vos protegerá. Antes, louvemos sua grandeza, pois Ele nos preparou e nos fez homens". Após Maria ter dito isso, eles entregaram seus corações a Deus e começaram a conversar sobre as palavras do Salvador.
Pedro disse a Maria: "Irmã, sabemos que o Salvador te amava mais do que qualquer outra mulher. Conta-nos as palavras do Salvador, as de que te lembras, aquelas que só tu sabes e nós nem ouvimos."
Maria Madalena respondeu dizendo: "Esclarecerei a vós o que está oculto". E ela começou a falar essas palavras: "Eu", disse ela, "eu tive uma visão do Senhor e contei a Ele: 'Mestre, apareceste-me hoje numa visão'. Ele respondeu e me disse: 'Bem aventurada sejas, por não teres fraquejado ao me ver. Pois, onde está a mente há um tesouro'. Eu lhe disse: 'Mestre, aquele que tem uma visão vê com a alma ou como espírito?' Jesus respondeu e disse: 'Não vê nem com a alma nem com o espírito, mas com a consciência, que está entre ambos - assim é que tem a visão' [...]".
"E o desejo disse à alma: 'Não te vi descer, mas agora te vejo subir. Por que falas mentira, já que pertences a mim?' A alma respondeu e disse: 'Eu te vi. Não me viste, nem me reconheceste. Usaste-me como acessório e não me reconheceste'. Depois de dizer isso, a alma foi embora, exultante de alegria."
"De novo alcançou a terceira potência, chamada ignorância. A potência inquiriu a alma, dizendo: 'Onde vais? Estás aprisionada à maldade. Estás aprisionada, não julgues!' E a alma disse: 'Por que me julgaste apesar de eu não haver julgado? Eu estava aprisionada; no entanto, não aprisionei. Não fui reconhecida que o Todo se está desfazendo, tanto as coisas terrenas quanto as celestiais'."
"Quando a alma venceu a terceira potência, subiu e viu a quarta potência, que assumiu sete formas. A primeira forma, trevas,; a segunda , desejo; a terceira, ignorância,; a quarta, é a comoção da morte; a quinta, é o reino da carne; a sexta, é a vã sabedoria da carne; a sétima, a sabedoria irada. Essas são as sete potências da ira. Elas perguntaram à alma: 'De onde vens, devoradoras de homens, ou onde vais, conquistadora do espaço?' A alma respondeu dizendo: 'O que me subjugava foi eliminado e o que me fazia voltar foi derrotado..., e meu desejo foi consumido e a ignorância morreu. Num mundo fui libertada de outro mundo; num tipo fui libertada de um tipo celestial e também dos grilhões do esquecimento, que são transitórios. Daqui em diante, alcançarei em silêncio o final do tempo propício, do reino eterno'."
Depois de ter dito isso, Maria Madalena se calou, pois até aqui o Salvador lhe tinha falado. Mas André respondeu e disse aos irmãos: "Dizei o que tendes para dizer sobre o que ela falou. Eu, de minha parte, não acredito que o Salvador tenha dito isso. Pois esses ensinamentos carregam idéias estranhas". Pedro respondeu e falou sobre as mesmas coisas. Ele os inquiriu sobre o Salvador: "Será que ele realmente conversou em particular com uma mulher e não abertamente conosco? Devemos mudar de opinião e ouvirmos ela? Ele a preferiu a nós?" Então Maria Madalena se lamentou e disse a Pedro: "Pedro, meu irmão, o que estás pensando? Achas que inventei tudo isso no mau coração ou que estou mentindo sobre o Salvador?"
Levi respondeu a Pedro: "Pedro, sempre fostes exaltado. Agora te vejo competindo com uma mulher como adversário. Mas, se o Salvador a fez merecedora, quem és tu para rejeitá-la? Certamente o Salvador a conhece bem. Daí a ter amado mais do que a nós. É antes, o caso de nos envergonharmos e assumirmos o homem perfeito e nos separaremos, como Ele nos mandou, e pregarmos o Evangelho, não criando nenhuma regra ou lei, além das que o Salvador nos legou."
Depois que Levi disse essas palavras, eles começaram a sair para anunciar e pregar.

Referência: Evangelhos gnósticos

Resumo do Texto, por Kelva Cristina


ESTUDO DE TEXTO:
MARIA MADALENA OU A SALVAÇÃO
RESUMO

Maria Madalena nasce num vilarejo chamado Magdala, na cidadezinha de Madalena, numa família que cultivava vinhas. Maria tinha uma irmã, Marta, a quem acompanhava na venda de bebidas entre os trabalhadores, que cobiçavam os olhos e lábios de Maria.
Desde criança amou João, e foi correspondida. Amou-o como devia: como a mais pudica de todas as virgens. Mas na noite de seu casamento, em suas núpcias, João a abandonou, para atender à voz de Deus, que ergueu-se do fundo da noite.
Desesperada, Maria Madalena saiu pelas ruas, até entregar-se ao primeiro que encontrou, um tenente romano, num quarto de estalagem. O tal romano a confundiu com alguma prostituta, e Maria Madalena se deixou ser assim. De rosto coberto por um capuz negro, foi meretriz.
Ao ser reconhecida, após o ato sexual ter se consumado, Maria, humilhada pela rejeição do esposo, preferiu dizer que João havia se matado. Ela não teria suportado, além da rejeição do amor, uma rejeição do tenente romano se, por piedade por Maria ter sido abandonada, este não derramasse seu desejo sobre ela.
Maria Madalena partiu um mês depois numa viagem. Sem dinheiro para hospedar-se onde quer que fosse, rapidamente aprendeu a pagar favores com seu corpo, no exercício de sua prostituição. E aprendeu a ser debochada, a ser invejada, a ser cobiçada; aprendeu sobre a hipocrisia. Mas por todo o tempo Maria Madalena só quis uma coisa: seduzir Deus, tirando de João seu apoio eterno.
O dia de seu encontro com Deus chegou. Logo Maria percebeu que aquele que curava aleijados, perambulava de aldeia em aldeia, zombando dos sacerdotes, insultando os ricos e perdoando a adúltera, não poderia ser seduzido. Ele não tentava fugir dela. E ela descobriu que, assim como ela, este Deus aceitava o terrível destino de pertencer a todos.
Maria Madalena amou a Deus com todo o seu ser, dedicando a Ele sua vida, energia e juventude. E vendo-o morrer, como a amante que aceita o casamento do ser amado por interesse, preparou-se como para a noite de núpcias, ao ir ao encontro Dele no leito sepulcro, cujo cadáver havia sido retirado. E pela segunda vez Maria Madalena encontrou-se sozinha num leito de núpcias, mais vazia que uma viúva e mais só que uma mulher abandonada.
Após tirar-lhe toda a inocência, Deus roubou-lhe os pecados. Como o pior maníaco, Deus não amou senão suas lágrimas. Todavia, salvou-a. Maria foi poupada do erro insípido de tornar-se necessária a Deus.
A verdade é que Deus não a salvou nem da morte, nem dos males, nem do crime, porque é através deles que somos salvos. Salvou-a, porém, da felicidade.

por Kelva Cristina, 2005

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Começamos...

Dani,

Adorei ver que vc aderiu!!!!
Como sugestão, devemos ler o Atos dos Apótolos, na bíblia.
Continuemos nossa pesquisa.
Beijo grande!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A um passo da Salvação

A um passo da salvação

Departamento de Artes Cênicas da ECA, a peça Maria Madalena — (ou A Salvação) coloca o espectador frente a frente com a tortuosa trajetória da personagem bíblica
GUSTAVO B. MARTINS

De virgem inocente a prostituta requisitada, de alvo de apedrejamentos a discípula de Jesus. Independente da orientação religiosa, não há como negar que a história de Maria Madalena representa em cores fortes o desespero e a busca pela redenção. Tanto que a autora francesa Marguerite Yourcenar dedicou um dos nove contos de seu livro Fogos à personagem, que relata em monólogo sua versão dos acontecimentos. No texto, Madalena lamenta ter amado um homem que a abandonou por Deus — “o último recurso dos solitários” — e, posteriormente, ter-se tornado uma seguidora que só conseguiu se salvar da própria felicidade.Enquanto ainda atuava como atriz no Peru, Merle Ivone Barriga teve seu primeiro contato com a história, e logo surgiu a idéia de uma montagem teatral. Sem realizar o desejo lá, Ivone o trouxe através das Cordilheiras até o Brasil, para onde veio cursar direção no Departamento de Artes Cênicas da ECA/USP. A oportunidade viria finalmente em seu Trabalho de Conclusão de Curso, no qual pôde dar forma física ao tormento descrito por Yourcenar. Para isso, contou com a ajuda de Rosana Carvalho, que já havia feito seu trabalho final em Interpretação, mas, ao tomar conhecimento do livro, topou ser protagonista da peça.Os ensaios começaram em janeiro deste ano, ainda sem muita idéia de qual seria o resultado. “Tudo foi se construindo conforme trabalhávamos na transposição para o teatro”, diz a diretora. “Fogos foi escrito num momento muito crítico da vida pessoal da autora, e isso transparece no lirismo com que ela constrói seus contos sobre o amor”, diz Ivone. “Tivemos que, de certa forma, ‘limar’ o texto até ficarmos somente com o essencial para o entendimento da trajetória.” A cenografia também evoluiu, conforme avançavam os trabalhos. Rosana lembra das várias conversas que teve com a diretora, buscando os objetos que melhor representassem os sentimentos da personagem. “Um dia, a Ivone me perguntou que sensação física mais se ligava à solidão. Como a resposta foi ‘frio’, resolvemos colocar cubos de gelo na cama de Madalena, fazendo-a interagir com eles enquanto conta sua história.” Para compor a trilha sonora, a diretora escolheu madrigais de Philipp Glass —“religiosos, porém com uma abordagem mais moderna”, diz — e músicas tribais para as cenas de dança.O que mais chama a atenção na montagem, porém, é a atuação do público. A idéia inicial de utilizar um ator para representar Jesus foi descartada, em favor de um monólogo no qual os espectadores acompanham Madalena pelo palco. Partindo da escuridão total, a platéia é conduzida através de uma ante-sala forrada de pétalas de rosas para um grande confessionário de metal, terminando o espetáculo sentada dentro do quarto da personagem. “Acreditamos que essa utilização espacial permite um contato muito mais próximo entre ator e observador. Em todos os momentos, Madalena está olhando nos olhos de quem testemunha seu sofrimento. Um palco convencional tornaria interações como essa impraticáveis”, diz Ivone. Seu desejo de aproximar a encenação da recepção estava expresso na frase do dramaturgo Artaud, que serve como epígrafe da peça: “No estado de degenerescência em que nos encontramos, é através da pele que faremos a metafísica entrar nos espíritos”.

A um passo da Salvação

A um passo da salvação

Departamento de Artes Cênicas da ECA, a peça Maria Madalena — (ou A Salvação) coloca o espectador frente a frente com a tortuosa trajetória da personagem bíblica
GUSTAVO B. MARTINS

De virgem inocente a prostituta requisitada, de alvo de apedrejamentos a discípula de Jesus. Independente da orientação religiosa, não há como negar que a história de Maria Madalena representa em cores fortes o desespero e a busca pela redenção. Tanto que a autora francesa Marguerite Yourcenar dedicou um dos nove contos de seu livro Fogos à personagem, que relata em monólogo sua versão dos acontecimentos. No texto, Madalena lamenta ter amado um homem que a abandonou por Deus — “o último recurso dos solitários” — e, posteriormente, ter-se tornado uma seguidora que só conseguiu se salvar da própria felicidade.Enquanto ainda atuava como atriz no Peru, Merle Ivone Barriga teve seu primeiro contato com a história, e logo surgiu a idéia de uma montagem teatral. Sem realizar o desejo lá, Ivone o trouxe através das Cordilheiras até o Brasil, para onde veio cursar direção no Departamento de Artes Cênicas da ECA/USP. A oportunidade viria finalmente em seu Trabalho de Conclusão de Curso, no qual pôde dar forma física ao tormento descrito por Yourcenar. Para isso, contou com a ajuda de Rosana Carvalho, que já havia feito seu trabalho final em Interpretação, mas, ao tomar conhecimento do livro, topou ser protagonista da peça.Os ensaios começaram em janeiro deste ano, ainda sem muita idéia de qual seria o resultado. “Tudo foi se construindo conforme trabalhávamos na transposição para o teatro”, diz a diretora. “Fogos foi escrito num momento muito crítico da vida pessoal da autora, e isso transparece no lirismo com que ela constrói seus contos sobre o amor”, diz Ivone. “Tivemos que, de certa forma, ‘limar’ o texto até ficarmos somente com o essencial para o entendimento da trajetória.” A cenografia também evoluiu, conforme avançavam os trabalhos. Rosana lembra das várias conversas que teve com a diretora, buscando os objetos que melhor representassem os sentimentos da personagem. “Um dia, a Ivone me perguntou que sensação física mais se ligava à solidão. Como a resposta foi ‘frio’, resolvemos colocar cubos de gelo na cama de Madalena, fazendo-a interagir com eles enquanto conta sua história.” Para compor a trilha sonora, a diretora escolheu madrigais de Philipp Glass —“religiosos, porém com uma abordagem mais moderna”, diz — e músicas tribais para as cenas de dança.O que mais chama a atenção na montagem, porém, é a atuação do público. A idéia inicial de utilizar um ator para representar Jesus foi descartada, em favor de um monólogo no qual os espectadores acompanham Madalena pelo palco. Partindo da escuridão total, a platéia é conduzida através de uma ante-sala forrada de pétalas de rosas para um grande confessionário de metal, terminando o espetáculo sentada dentro do quarto da personagem. “Acreditamos que essa utilização espacial permite um contato muito mais próximo entre ator e observador. Em todos os momentos, Madalena está olhando nos olhos de quem testemunha seu sofrimento. Um palco convencional tornaria interações como essa impraticáveis”, diz Ivone. Seu desejo de aproximar a encenação da recepção estava expresso na frase do dramaturgo Artaud, que serve como epígrafe da peça: “No estado de degenerescência em que nos encontramos, é através da pele que faremos a metafísica entrar nos espíritos”.

Maria Madalena por Moacyr Sader

Maria Madalena, uma outra história(artigo de Moacir Sader SJ – março-05)

Maria Madalena, de todas as personagens Bíblicas, talvez seja aquela personagem mais deturpada, encoberta por inverdades divulgadas ao longo dos séculos pela Igreja, pelos textos Bíblicos e por errôneas interpretações. Paralelamente às inverdades, uma outra história tem sido contada de modo sublinear pela arte ao longo de dois mil anos de história Cristã e, também, pelos textos apócrifos.
Recentemente, o livro O Código Da Vinci, de Dan Brown, percorreu o mundo, sendo lido por milhões de pessoas. Em meio a uma história de suspense, o autor insere algumas das verdades, que ao longo do tempo, estavam sendo ocultas. Dan Brown nos chama a observar o quadro da Santa Ceia, de Leonardo da Vinci, onde transparece que uma das imagens dos apóstolos apresenta traços femininos, estando com a mesma cor da roupa de Jesus e interligada a Ele por um grande M formado pela postura física dos dois na pintura, em face da cor vermelha. Segundo a interpretação do autor de O Código Da Vinci, os dois símbolos, a letra M e a cor vermelha, indicariam ser Maria Madalena a personagem ao lado de Jesus.
Vejamos, a seguir, a imagem da Santa Ceia pintada por Leonardo Da Vinci, no ano aproximado de 1495, na Igreja Santa Maria Delle Grazie, em Milão, onde aparece nitidamente o formatado de um M, seguindo-se os contornos da cor vermelha nas roupas de Jesus e de Maria Madalena.

Imagem extraída da Revista Super Interessanteedição - outubro/2004
Em sendo esta a interpretação correta, o que Da Vinci pretendia com a mensagem sublinear? Da Vinci, ao que se sabe, pertencia ao Priorado de Sião, sociedade secreta fundada em Jerusalém no ano em 1099 pelo rei Godofredo de Bouillon, com o objetivo de guardar um segredo mantido por sua família desde há época de Jesus. E para ajudar na manutenção e proteção desse segredo foi criada a Ordem dos Cavaleiros Templários. O segredo que se queria, a todo custo resguardar, dizia respeito ao Santo Graal. Da Vinci, de forma oculta na arte, guardou o segredo, mas legando ao futuro a sua descoberta.
O Priorado de Sião, conhecido também como Monastério do Sinai, segundo alguns pesquisadores históricos, constituiu-se em uma sociedade secreta, relacionada à Maçonaria e aos Rosacruzes, criada para proteger a linhagem divina. Além de Da Vinci, participaram dessa sociedade secreta personagens históricos e escritores importantes, tais como, Isaac Newton e Victor Hugo.
Existe uma corrente imensa de pesquisadores que admitem que Jesus e Maria Madalena foram casados e deste casamento pode ter nascido uma filha, que seria a descendência real, o sangue real, o Santo Graal, e que Maria Madalena com sua filha, chamada Sara, foram viver na França. Esse seria o grande segredo, a versão da história guardada há milênios, ou melhor, história que se julgava devidamente sucumbida a partir do Concílio de Nicéia, ocorrido no ano de 327 depois de Cristo.
O Pintor George de la Tour, que viveu nos anos 1593-1652, pintou Maria Madalena grávida, conforme se pode ver na reprodução do quadro a seguir:

Imagem extraída do livro Maria Madalena e o Santo Graal
Com a descoberta, por volta de 1896 em um mosteiro egípcio, do Evangelho segundo Maria Madalena, descobriu-se uma verdade incontestável: Maria Madalena, muito mais do que está dito na Bíblia, foi, verdadeiramente, uma discípula de Jesus, e, segundo diversos historiadores, o discípulo mais próximo do Mestre, de seus ensinamentos espirituais. Estes ensinamentos estavam inteiramente ligados à espiritualidade interior, sendo o verdadeiro caminho para a evolução espiritual, como vemos no trecho a seguir do Evangelho, segundo Maria Madalena, em que Jesus disse:
" Todas as espécies, todas as formações, todas as criaturas estão unidas, elas dependem umas das outras, e se separarão novamente em sua própria origem. Pois a essência da matéria somente se separará de novo em sua própria essência. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça."
Unidos estamos todos nós, formando a essência da vida e com Deus dentro de cada um, por isso o caminho é mergulhar em nosso interior, achar a direção de nossa evolução, encontrar o Deus que habita em nós. Na passagem seguinte do Evangelho de Maria Madalena, essa mensagem de Jesus está cristalina, destacando ainda que Ele não deixou normas, pedindo tão somente que levassem em conta o que ele "mostrou" na sua prática de amor incondicional.
Quando o Filho de Deus assim falou, saudou a todos dizendo: "A Paz esteja convosco. Recebei minha paz. Tomai cuidado para que ninguém vos afaste do caminho, dizendo: 'Por aqui' ou 'Por lá', Pois o Filho do Homem está dentro de vós. Segui-o. Quem o procurar, o encontrará. Prossegui agora, então, pregai o Evangelho do Reino. Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas." Após dizer tudo isto partiu.
O Evangelho, segundo Tomé, descoberto em 1945, tratou exatamente do mesmo enfoque encontrado no Evangelho de Maria Madalena. Vemos este aspecto no trecho a seguir, escolhido do artigo publicado na revista Super Interessante, na edição de dezembro de 2004:
O Evangelho de Tomé e outros apócrifos falam ao coração de um continente que não pára de crescer nos tempos atuais: os ávidos por espiritualidade, mas desconfiados da religião.
Segundo Tomé, neste Evangelho, considerado apócrifo:
O reino está dentro de vós e também em vosso exterior. Quando conseguirdes conhecer a vós mesmos, sereis conhecidos e compreendereis que sóis os filhos do Pai vivo. Mas se não vos conhecerdes, vivereis na pobreza e sereis a pobreza.
O Evangelho de Maria Madalena apresenta ensinamentos de Jesus, que não foram passados para os outros discípulos ou não compreendidos por eles na fala do Mestre. Que o reino de Deus está dentro de cada pessoa e que é necessário se manter em equilíbrio para não atrair doenças e a morte física. Visão esta plenamente aceita atualmente pela medicina alternativa em todas as correntes. A cura de doenças pela medicina alternativa tem sido realizada através da recomposição do equilíbrio energético. Nas passagens, a seguir, do Evangelho de Maria Madalena, podemos ver essa visão espiritualista de forma inequívoca:
Pedro lhe disse: “Já que nos explicaste tudo, dize-nos isso também: o que é o pecado do mundo?" Jesus disse: "Não há pecado; sois vós que os criais, quando fazeis coisas da mesma espécie que o adultério, que é chamado 'pecado'. Por isso Deus Pai veio para o meio de vós, para a essência de cada espécie, para conduzi-la a sua origem”. Em seguida disse: "Por isso adoeceis e morreis [...]. Aquele que compreende minhas palavras, que as coloque em prática. A matéria produziu uma paixão sem igual, que se originou de algo contrário à Natureza Divina. A partir daí, todo o corpo se desequilibra. Essa é a razão por que vos digo: tende coragem, e se estiverdes desanimados, procurais força das diferentes manifestações da natureza. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça”.
Nos Evangelhos de Maria Madalena e de Felipe, encontra-se a nítida valorização da mulher, pois em ambos se vê que Jesus fazia revelações privilegiadas a Maria Madalena por ser ela quem mais estava em sintonia com os ensinamentos do Mestre. Mas, a ligação de Jesus e Maria Madalena ia mais além, como se lê no Evangelho de Felipe, no seguinte trecho:
E a companheira do Salvador é Maria Madalena. Cristo amava-a mais do que a todos os discípulos e costumava beijá-la com freqüência na boca. O resto dos discípulos ofendia-se com isso e expressava sua desaprovação. Diziam a ele: Porque tu amas mais do que a nós todos?
Em 1891, um fato veio acender ainda mais as questões envolvendo Maria Madalena. Quando da reforma de uma igreja no sul da França, em Rennes-le-Château, o padre Bérenger Saunière teria encontrado um tesouro, segundo se soube, trazido da Terra Santa e guardado pelos Cavaleiros Templários. Este segredo comprovaria a existência de descendentes diretos de Jesus, ou seja, da linhagem sagrada.
Sabe-se pelos textos apócrifos, que depois da morte de Jesus, os outros discípulos não desejavam ver uma mulher no comando do grupo, o que naturalmente estava acontecendo pelo enorme conhecimento espiritual de Madalena. Pedro por diversas vezes contestava e se atritava com Madalena, pois temia que ela definitivamente se tornasse líder do grupo. A partir dessa luta de poder relativo à liderança do cristianismo e pelo fato de uma mulher contemplar mais conhecimentos que todos os discípulos, foi forjada a história da prostituta, que todos nós, lamentavelmente, conhecemos.
Um dos livros que inspiraram o autor de O Código Da Vinci foi Maria Madalena e o Santo Graal, da autora Margaret Starbird. Este livro é um de tantos outros que apresentam a ligação do Santo Graal com Maria Madalena e a descendência de Jesus. Margaret Starbird, querendo contestar outros autores sobre a heresia do Graal, que dizia ter sido Jesus casado com Maria Madalena, mergulhou na história européia, nos rituais maçônicos, na arte medieval, no simbolismo, na psicologia, na mitologia e na religião (judaica e cristã). Contudo, acabou, de modo surpreendente, encontrando rastros de enorme evidência de tudo ter sido verdade, oculto e guardado sob várias formas, sobretudo na arte. Todas as evidências levaram a autora concluir que Jesus e Maria Madalena foram realmente casados e que tal casamento ocorreu de modo escondido, pois estavam sendo unidas as famílias de David, filhos de Jessé (Jesus) e de Jônatas, filho de Saul (Maria Madalena). Stargird, no livro citado, p. 24, escreve:
O casamento foi realizado na casa de Simão, o leproso. Somente alguns amigos íntimos e suas famílias foram convidados. Era necessário manter o fato em segredo para que Herodes Antipas não descobrisse que uma herdeira de Benjamim unira-se em matrimônio a um filho da casa de Davi.
Daí a confusão que sempre fizeram os discípulos ao ver Madalena tratar Jesus, em público, com carinhos físicos, o que seria inaceitável para uma mulher naquela época, a não ser que ela fosse casada e tivesse tratando assim o seu marido.
Outro importante argumento em prol de ter sido Jesus casado está no livro O Código Da Vinci, página 262:
Porque Jesus era Judeu (...) e o decoro social daquela época praticamente proibia que um judeu fosse solteiro. De acordo com os costumes judaicos, o celibato era proibido e a obrigação de um pai judeu era encontrar uma esposa adequada para o seu filho. Se Jesus não fosse casado, pelo menos um dos evangelhos da Bíblia teria mencionado isso e dado alguma explicação para o fato de ele ter ficado solteiro.
Esse casamento representou grande importância dinástica, pondo em risco o governo da época, pois o poder político de Jesus passaria inevitavelmente a incomodar. Este fato pode muito bem ser deduzido pelo tipo de morte sofrida por Jesus, pois a crucificação ocorria para quem fosse insurreto, no caso contra o governo, mas principalmente pela sua dinastia. Tanto assim, que Madalena, precisou fugir para não ser morta, indo se exilar na França.
No livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, dos autores Michael Baigent, Richard Leigh Henry Lincoln, o assunto Maria Madalena e seu casamento com Jesus aparece de forma enfática. Sobre o casamento, citamos a passagem encontrada na página 286:
Se Jesus foi realmente casado com Madalena, poderia tal casamento ter servido a algum propósito? Em outras palavras, poderia ele ter significado algo mais que um casamento convencional? Poderia ter sido uma aliança dinástica de algum tipo, com repercussões e implicações políticas? Em suma, poderia uma estirpe resultante desse casamento ter garantido o nome de “sangue real”?
Somente o casamento dos dois poderia explicar a presença de Madalena nas viagens de Jesus. No mesmo livro, página 276, lemos:
O papel desta mulher é singularmente ambíguo nos quatro Evangelhos e parece ter sido deliberadamente obscurecido(...) Na palestina do tempo de Jesus seria impossível que uma mulher não casada viajasse desacompanhada. Mais impensadamente ainda seria viajar desacompanhada e junto com um mestre religioso e seu círculo. Várias tradições parecem ter tomado conhecimento deste fato potencialmente embaraçoso. Pretende-se em alguns casos que Madalena tenha sido casada com um dos discípulos de Jesus. Se este era o caso, entretanto, seu relacionamento especial com Jesus e sua proximidade a ele os teriam tornado ambos sujeitos a suspeitas, se não acusações de adultério.
É certo que Madalena se apresenta em especial importância na história de Jesus, na história do Cristianismo, como podemos ver no mesmo livro, página 277:
...é evidente que Madalena, no final da carreira de Jesus, tinha se tornando um personagem de imensa importância. Nos três Evangelhos sinópticos, seu nome encabeça consideravelmente a lista mulheres que seguiam Jesus (...) Ela é a primeira testemunha da tumba vazia após a crucificação. Para revelar a ressurreição, Jesus escolheu Madalena entre todos os seus devotos.
Se por um lado os discípulos masculinos ficaram escondidos, com medo, quando da crucificação de Jesus, Maria Madalena se manteve presente, assistindo, sofrendo, o tempo todo, conforme mencionado nos Evangelhos de Mateus, Marcos e João.
Os autores do livro O Santo Graal e a Linhagem Sagrada tecem um importante comentário sobre a validade dos Evangelhos apócrifos, que no trecho a seguir escolhidos (página 323), eles os denominam de Gnósticos:
À luz dos manuscritos Nag Hammadi, a possibilidade de uma linhagem sanguínea descendente de Jesus nos pareceu mais plausível. Alguns dos chamados Evangelhos Gnósticos eram potencialmente tão verdadeiros e autênticos quanto os livros do Novo Testamento. Como conseqüência, os fatos que eles, explícita ou implicitamente, testemunham – um substituto na cruz, uma disputa entre Pedro e Madalena, um casamento entre Madalena e Jesus, o nascimento de um “filho do Filho do homem” – não poderiam ser desprezados, por mais controvertidos que fossem. Estávamos lidando com história, não com teologia. E a história, no tempo de Jesus, não era menos complexa, multifacetada e orientada para o pragmatismo do que é hoje.
Inegável se apresenta a ligação especial de Jesus com Maria Madalena. No tempo em que vivemos não cabe mais falar em Madalena como prostituta. No século VI, o Papa retirou o título de penitente dado indevidamente à Maria Madalena, mas isso é pouco para resgatar a grande importância de Madalena no advento de Cristianismo. Além do indevido título de prostituta, tentaram destruir o Evangelho de Madalena, pois nele continha o importante ensinamento transmitido por Jesus de que o caminho não está em seguir esta ou aquela estrada, quiçá esta ou aquela religião, mas na busca interior, na evolução interior a caminho do Deus que habita em todos nós. Mais que rotular indevidamente Madalena, sucumbiram o verdadeiro Cristianismo, aquele praticado por Jesus, que não criou nenhuma religião, nem pregava ou vivia em igrejas, mas praticava, verdadeiramente, o mais puro amor, a mais bela espiritualidade e como Ele mesmo disse:"Não estabeleçais outras regras, além das que vos mostrei, e não instituais como legislador, senão sereis cerceados por elas."
Se não há prova contundente de que Maria Madalena fora casada com Jesus, certo é que ambos estiveram ligados por um amor especial, espiritual raro. Por informações canalizadas, sabemos que Jesus e Maria Madalena são almas gêmeas, e que, na Palestina, encarnaram para viver e ajudar mutuamente na implantação do cristianismo. No livro A Gruta do Sol, da autora Marisa Varela, auxiliada por mestres de luz, a ligação espiritual de Jesus e Maria Madalena aparece translúcida. Numa das festividades do Sexto Raio, puderam ser vistos os dois juntos, na seguinte passagem (páginas 144/145):
Finalmente...a presença especial, sobre a qual correram tantos rumores e especulações: Joshua (Jesus), que estava acompanhado de seu mulher lindíssima, de longos cabelos crespos e olhos claros. Seu Raio Gêmeo, certamente. Murmurando, alguém às minhas costas logo a identificou: - Maria Madalena (...) Ele fez um gesto com a mão, saudando a platéia, depois sentou-se a lado de Maria Madalena, ocupando a cadeira central que lhe estava destinada (...) O apresentador (...) agradeceu a presença de todos os que ali estavam prestigiando a solenidade e especialmente ao do Mestre Joshua e sua mulher Maria Madalena, os convidados de honra.
Seja lá o que o homem do passado, a Igreja e as religiões tenham escondido sobre a personagem Maria Madalena, a sua importância na implantação do Cristianismo foi extremamente vital, ela veio para ajudar Jesus e sua ligação com o Mestre dos Mestres está condignamente reconhecida naturalmente nas esferas espirituais. Aqui na Terra, os artistas do passado conservaram, esconderam (mostrando) a verdade e no tempo em que vivemos, no alvorecer da Nova Era, a verdade se abre, desfralda o seu leque, deixando em letras garrafais a inegável verdade. Já não é apenas questão de ter olhos para ver, trata-se de evidências tão incontestáveis que a verdade está se impondo a todos, queiramos ou não.
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Livros e revistas pesquisados e citados:
1) Brown, Dan, O Código Da Vinci. Editora Sextante. Rio de Janeiro.2004.
2) Starbird, Margaret. Maria Madalena e o Santo Graal. Editora Sextante. Rio de Janeiro. 2004
3) Baigente, Michael; Leigh, Ricahard; Lincoln, Henry. O Santo Graal e Linhagem Sagrada. 2 ed. Editora Nova Froteira. Rio de Janeiro. 1993.
4) Varela, Marisa. A Gruta do Sol.8 ed. Editora Missão Orion. Rio de Janeiro. 1996.
5) Revista Super Interessante: O Código Da Vinci. Edição 205. Outubro 2004.
6) Revista Super Interessante: Jesus Proibido. Edição 207. Dezembro 2004.
7) Evangelhos apócrifos segundo Maria Madalena, segundo Tomé e segundo Felipe.
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